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quinta-feira, 21 de março de 2013

Região serrana vai receber 42 "UPPs" contra deslizamentos e enchentes

Agentes comunitários vão monitorar alertas de risco 24 horas por dia
Para tentar reduzir os efeitos das tragédias provocadas pela chuva na região serrana do Rio, a Defesa Civil vai ocupar permanentemente as comunidades em áreas de risco. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, durante entrevista coletiva na última quarta-feira (20).
Chuva Petrópolis Semelhantes ao das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a corporação vai instalar 42 UPCs (Unidades de Proteção Comunitária) em quatro cidades da região serrana: Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Bom Jardim. A primeira cidade a receber as unidades será Petrópolis, que deve contar com dez UPCs.
As UPCs vão funcionar 24 horas por dia e serão instaladas em contêineres de 30 metros quadrados  e contarão com um efetivo de 170 agentes comunitários qualificados pela Defesa Civil. Além de responsáveis por monitorar o recebimento de alertas de risco, eles vão realizar treinamentos com os moradores e, em caso de enchentes ou desmoronamentos, ajudarão a evacuar a área.
— Essas são as pessoas que serão a ponta do sistema. Nós vamos nos valer da tecnologia que já dispomos, que consegue prever com razoável antecedência a chegada das chuvas e mobilizar esses agentes, que conhecem os moradores e o risco. Eles serão aqueles que vão motivar as pessoas para que ninguém seja surpreendido com uma chuva muito forte.
O Corpo de Bombeiros retomou, às 6h desta quinta-feira (21), as buscas por quatro desaparecidos após os deslizamentos de terra e alagamentos provocados pelo temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio, no domingo (17). Segundo a Defesa Civil, o número de pessoas procuradas pode ser ainda maior, já que há relatos de que outros moradores tenham sumido durante a chuva. Até a noite de quarta (20), 28 mortes haviam sido confirmadas no município.
O coronel Sérgio Simões, comandante de Defesa Civil do Estado, informou que as buscas por vítimas se concentram na rua Espírito Santo, no bairro do Quitandinha. Os outros bairros que sofreram as consequências da tempestade foram: Independência, Doutor Thouzet, Alagoas, Lagoinha e Bingen. Segundo os bombeiros, a chuva forte culminou em 21 pontos de escorregamento ou alagamento no município.
Segundo o prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo, 1.237 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. No município, 27 abrigos foram colocados à disposição das pessoas que acabaram expulsas de casa pelo temporal.
Bombeiros modificam curso de rio
O coronel dos bombeiros Roberto Sobral Junior afirmou no início da tarde de quarta-feira que, para tentar localizar os quatro desaparecidos, os militares modificariam o curso de um rio. De acordo com ele, a suspeita é de que os corpos tenham sido arrastados com pedras que rolaram de uma casa que desabou após ser atingida por deslizamento de terra.
Os escombros e as vítimas ficaram represados entre a entrada de três manilhas e o fluxo do rio. Devido ao acúmulo de água no local, formou-se uma espécie de piscina com cerca de 2 m de profundidade.
— A água se acumulou junto à entrada das manilhas, onde os corpos podem estar. Com isso, estamos deslocando o curso para outro lado. E vamos usar equipamentos como o vacol para sugar a água e facilitar nas buscas.
Mergulhadores
Os bombeiros que trabalham no resgate de corpos solicitaram na manhã de quarta o envio de equipamentos para auxiliar os militares na procura por corpos dentro de manilhas. Eles pretendem usar também equipamentos de mergulho para vasculhar rios da região no entorno do bairro Quitandinha.
Já em outro ponto, antes da entrada das manilhas, os bombeiros pretendem utilizar a ação de mergulhadores para localizar os corpos desaparecidos. De acordo com o coronel José Albucacys, o trabalho é lento e precisa ser realizado de maneira gradativa.

— Estamos realizando o trabalho ao redor de toda a área da mata e das manilhas. Mesmo com o apoio das máquinas existem alguns locais que o trabalho é manual e, por isso, se torna um pouco mais lento. Na parte da mata, estamos com 40 homens fazendo um trabalho manual e nas proximidades da manilha, com 15.

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