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domingo, 30 de junho de 2013

‘Cura Gay’: ‘Não passará jamais’, admite Feliciano

feliciano“Esse projeto já nasceu morto. Na comissão ele foi aprovado, mas eu sei que ele jamais irá passar no Congresso”, disse o deputado federal Marco Feliciano (PSC) sobre o projeto conhecido como “cura gay” em um culto realizado em Valinhos (SP), nesta quinta-feira (27). Ele chegou à igreja por volta das 21h30 e com ele um grupo de 20 manifestantes que gritavam “fora Feliciano”, “me cura” e “ele não nos representa”. O grupo criticava o parlamentar, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara,  por causa da proposta que autoriza psicólogos a proporem tratamento para reverter a homossexualidade.
De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), o projeto da “cura gay” pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais. O outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais. A aprovação do projeto pela Comissão de Direitos Humanos ocorreu na semana passada e motivou protestos em Campinas (SP) e também em outras cidades do país.
Para deputado, Congresso recuou após pressão popular (Foto: Erick Julio / G1 )
Antes da chegada de Feliciano, 12 homens da Polícia Militar prepararam um cordão de isolamento para separar os manifestantes da entrada da igreja. “Não estamos aqui para ofender a religião deles. Estamos aqui para protestar contra o deputado e esse projeto homofóbico. Se ele estivesse em uma praça seria da mesma forma”, disse a professora Rosângela Paes.
Para evitar que os gritos atrapalhassem o culto, fiéis fechavam as portas de vidros na entrada da igreja, no entanto, ao ser aberta para alguém passar, os manifestantes aproveitavam para gritar contra o deputado. “Esse tipo de conduta não condiz com uma Comissão de Direitos Humanos. Esse ato é em repudio a isso. Que ele se retire da comissão”, criticou o biólogo Augusto Spadaccia.
protesto
‘Fenômeno comportamental’
Ao fim do culto, Feliciano defendeu o direito de todos protestarem, mas rebateu as críticas dos manifestantes em frente à igreja. “O movimento de rua é legítimo. É a juventude brasileira mostrando a cara, mas contra mim é sempre o mesmo grupo. Eu não falei que homossexualismo é uma doença, e sim um fenômeno comportamental. Aqui na igreja tinha mil pessoas, lá tinha uns oito dizendo que eu não os represento e não represento mesmo. Eu represento quem votou em mim, e estava aqui dentro. Não vou renunciar jamais”, revela.
Protestos e lobby dos partidos
Para o deputado federal, as várias manifestações pelo país influenciaram a Câmara dos Deputados no projeto da ‘cura gay’ e outras matérias em destaque. “Todas essas manifestações fizeram o Congresso recuar. A PEC 37 estava aprovada há 15 dias. De repente veio a manifestação popular e matou o projeto”, diz.

A pressão da população foi usada pelos movimentos contrários à ‘cura gay’, segundo Feliciano. “O projeto deveria ir para a Comissão de Seguridade Social e Família e Comissão de Constituição e Justiça, mas não seria aprovado porque a militância do movimento GLBT foi muito inteligente, aproveitou o momento e entrou no meio da multidão. Eles pensam que é um clamor nacional, mas não”, critica.
Ainda segundo o parlamentar a pressão popular influenciou alguns partidos, tanto da base como da oposição. “Há um lobby em cima e é muito grande, que tem a benção do PT, do PSDB, e do PSOL, com isso esses partidos ficam fortes. A bancada evangélica não é só um partido, são diversos”, diz.

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